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Por que tem tantos jogadores japoneses na Bundesliga?

Gabriel Manarim

18/07/2025

Hiroki Ito em ação pelo Stuttgart - Japoneses na Bundesliga

Quando a Bundesliga entra em campo, é quase certo que algum jogador japonês também está lá. A presença dos nipônicos no futebol alemão cresceu tanto nos últimos anos que já virou praticamente um “DNA” do campeonato. Mas afinal, por que tantos jogadores japoneses escolhem a Alemanha como destino? Vem descobrir com a gente!

Japoneses na Bundesliga: uma ponte que vai além do campo

A história começa com uma conexão silenciosa, mas sólida. A Alemanha foi uma das primeiras potências do futebol europeu a olhar com atenção para o Japão — ainda nos anos 80, com Yasuhiko Okudera fazendo história pelo FC Koln (Colônia). No entanto, foi de 2000 pra frente que a ponte virou estrada movimentada.

Sendo assim, entender essa relação exige mais do que olhar para números. É preciso observar cultura, disciplina e estilo de jogo. Os japoneses têm um futebol marcado pela obediência tática, inteligência posicional e intensidade sem a necessidade de holofotes. É o tipo de atleta que casa perfeitamente com a exigência e o perfil dos clubes alemães.

Na prática, o que se vê é um intercâmbio cada vez mais bem-sucedido: os jogadores ganham espaço para evoluir, enquanto os clubes recebem profissionais que entregam desempenho desde o primeiro treino. O zagueiro Hiroki Ito, por exemplo, veio do Júbilo Iwata para o Stuttgart em 2022. Então, se desenvolveu e se transferiu ao Bayern em 2024.

A cultura por trás da escolha

Entretanto, não é só no gramado que essa afinidade acontece. A cultura japonesa valoriza profundamente a hierarquia, o comprometimento coletivo e a busca pela excelência silenciosa. Valores que dialogam com o estilo alemão de pensar futebol — onde tudo é planejado, mensurado e executado com precisão.

Por outro lado, o Japão também se beneficia da Bundesliga como um trampolim. O campeonato oferece minutos, visibilidade e um ambiente menos agressivo que outras ligas para adaptação dos asiáticos ao futebol europeu. Kagawa talvez seja o maior exemplo disso. No Borussia Dortmund, o meia brilhou sob o comando de Jürgen Klopp e abriu portas para uma geração inteira. Hoje joga no Japão, mas segue como ícone.

Esses caminhos também moldaram o meio-campista Ritsu Doan, destaque do Freiburg, conhecido pela explosão e pela leitura de espaços — uma espécie de “jogador alemão de alma japonesa”.

Japoneses na Bundesliga: uma escolha técnica, mas também emocional

É curioso observar que, para muitos japoneses, atuar na Alemanha virou quase uma escolha de coração. Eles não apenas vão para cumprir contrato — vão para se desenvolver, estudar o jogo e crescer como atletas. Os clubes alemães, por sua vez, perceberam esse valor. Muitos, inclusive, mantêm scouts específicos para o mercado asiático. Por isso, é cada vez mais comum no futebol alemão.

Portanto, essa relação é planejamento. E o mais interessante: não é só pelos melhores jogadores. É pela consistência. Jogadores japoneses tendem a ser discretos fora de campo, mas extremamente consistentes dentro dele. É o tipo de atleta que o treinador coloca e sabe o que vai receber.

Conclusão

Os japoneses na Bundesliga não estão lá por acaso. É uma conexão construída com paciência, respeito e resultado. Um casamento entre técnica, disciplina e estrutura.

Sendo assim, cada vez que um novo nome japonês surge em algum time alemão, não é só uma contratação. É o reflexo de uma parceria que continua sendo construída entre dois mundos muito diferentes — mas que dentro de campo falam a mesma língua.

E no fim das contas, é isso que o futebol faz: une estilos, histórias e culturas em busca de um objetivo: ser campeão.

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