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Goleiro bom com os pés: Por que é tão importante no futebol moderno?

Gabriel Manarim

25/08/2025

Ederson pelo Manchester City - Goleiro bom com os pés

Durante muito tempo, o goleiro era visto apenas como a última linha de defesa. Sua função principal era clara: defender o gol, fechar os espaços e ser uma muralha contra os atacantes adversários. Para isso, os atributos mais valorizados sempre foram reflexos rápidos, explosão para saltar em bolas difíceis, elasticidade e um bom posicionamento. A distribuição, quando acontecia, era quase sempre feita com as mãos, em lançamentos simples para os zagueiros e laterais.

Hoje, o cenário mudou. O goleiro moderno continua precisando ser forte debaixo das traves, mas já não basta apenas isso. Cada vez mais, ter um goleiro bom com os pés é visto como peça-chave para a competitividade de um time de alto nível. E não se trata de uma moda passageira: essa transformação acompanha a própria evolução do futebol. Confira nossa análise para entender porque esse jogador é tão valorizado no futebol moderno, craque!

A função tradicional do goleiro

O papel primordial do goleiro segue o mesmo: defender. Ele ainda precisa dominar os fundamentos clássicos — reflexos, impulsão, posicionamento, leitura de jogo e firmeza nas mãos. Essas características são a base de qualquer arqueiro de elite. Um goleiro sem elas dificilmente se mantém em alto nível.

No passado, isso era suficiente. Times priorizavam goleiros altos, com bom tempo de reação e elasticidade para fechar o ângulo dos atacantes. Se a saída de bola fosse apenas razoável, ninguém se importava tanto. Afinal, o jogo era mais lento, as construções ofensivas passavam menos pelo goleiro, e os defensores tinham mais tempo para organizar o campo.

No entanto, o futebol evoluiu. Ficou mais rápido, intenso e tático. E essa mudança arrastou o goleiro junto, que hoje precisa de algumas características adicionais para performar em alto nível.

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Por que o goleiro bom com os pés virou essencial?

A evolução do futebol moderno trouxe consigo um jogo mais físico, dinâmico e pressionado. Hoje, praticamente não existe espaço para erros na saída de bola. Uma decisão equivocada pode custar um gol em segundos. É aí que entra o goleiro como protagonista com os pés: ele passou a ser não só o último defensor, mas também o primeiro construtor da jogada.

Filosofias modernas ajudaram a consolidar essa mudança. O gegenpressing, estilo popularizado por Jürgen Klopp, exige que o time pressione alto e acelere o jogo em transições rápidas. Nesse contexto, o goleiro se torna uma arma ofensiva: quantas vezes vimos Alisson, ainda sob Klopp, transformar um chutão em lançamento perfeito que deixa Salah ou Mané em velocidade frente a frente com o goleiro adversário? Esse tipo de jogada só é possível porque o goleiro domina o passe longo com precisão.

Já no guardiolismo, a influência é outra, mas igualmente decisiva. Sob a filosofia de Pep Guardiola, e depois aplicada por nomes como Mikel Arteta e Enzo Maresca, o time busca controlar a posse desde o primeiro minuto. Nesse modelo, o goleiro atua quase como um zagueiro adicional. Ederson, por exemplo, não se limita a passes curtos: ele sai da grande área, se posiciona entre os defensores e participa ativamente da troca de passes, gerando superioridade numérica contra a pressão adversária. É como se o time tivesse um “jogador extra” em campo.

O terceiro exemplo é o futebol de Roberto De Zerbi, que também revolucionou a Premier League com o Brighton. O goleiro em seu sistema não apenas inicia jogadas, mas também atrai a pressão rival de propósito, para depois encontrar passes que quebram linhas e deixam o adversário vulnerável. Nesse estilo, ser bom com os pés não é luxo, é condição básica para jogar.

Além disso, o “goleiro bom com os pés” não se trata somente do goleiro que tem bom passe. Também é sobre goleiros que utilizam bem os pés para defender. Principalmente em bolas rasteiras, saber defender bem com os pés é um recurso muito interessante.

O goleiro como peça estratégica

O goleiro moderno, portanto, acumula funções. Ele precisa defender bem, claro, mas também ser confiável como distribuidor. Sua atuação pode definir a forma como o time inteiro se organiza:

  • No gegenpressing, ajuda a acelerar transições com bolas longas.
  • No guardiolismo, dá segurança na posse de bola e cria superioridade numérica.
  • Em sistemas híbridos, pode até surpreender com inversões rápidas de jogo.

Esse impacto estratégico faz com que clubes valorizem cada vez mais goleiros que saibam jogar com os pés. Eles não são apenas “bons arqueiros”, mas sim armas táticas.

Exemplos de goleiros bons com os pés

Não é por acaso que nomes como Ederson, Maignan, Ter Stegen, David Raya e Kepa são constantemente lembrados entre os melhores nesse quesito. Cada um, à sua maneira, influencia diretamente a forma de jogar do seu time. Ederson, por exemplo, é peça fundamental no Manchester City não só pelas defesas, mas porque permite ao time de Guardiola jogar sempre com segurança na posse de bola, sem medo de pressão alta. Já Ter Stegen, no Barcelona, dá fluidez a uma saída curta em que qualquer erro pode ser fatal.

Esses goleiros provaram que, no futebol moderno, saber usar os pés não é detalhe, mas sim parte central da função.

Conclusão

O futebol evoluiu, e o papel do goleiro evoluiu junto. Ser apenas uma muralha já não basta. No cenário atual, ter um goleiro bom com os pés significa ganhar competitividade, segurança e até mesmo mais opções ofensivas. Ele segue sendo o último defensor, mas também pode ser o primeiro construtor.

Claro, nem todo treinador exige esse perfil. Muitos ainda preferem o goleiro clássico, aquele que prioriza defender acima de tudo. Mas, em sistemas que valorizam posse, intensidade e transições rápidas, um goleiro que saiba jogar com os pés é simplesmente indispensável.

É por isso que esses jogadores se tornaram tão valorizados: eles oferecem algo raro. São muralhas sob as traves, mas também parceiros de confiança na troca de passes e criadores de jogadas desde a defesa. A real é que o futebol moderno pede isso, e os melhores times do mundo já entenderam a importância desse diferencial.

Para os melhores palpites, análises e notícias do mundo da bola, confira o Tapa de Craque!

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